A Mente de Cristo

“Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha” Filipenses 2:5

A Mente de Cristo

“Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha”

Série de estudos em publicação sobre a mente de Cristo e a revelação da luta entre o bem e o mal, e a qualificação de Jesus para ocupar o lugar de Filho de Deus.

Todos os seres criados, ocupam no reino de Deus o lugar para o qual estão qualificados e Deus dá-lhes total liberdade para desenvolver todos os talentos e capacidade que lhes foram dados ao mais elevado nível de qualificação, pois através de Cristo, o nosso desempenho melhora a cada dia de comunhão com Ele.

Neste processo de desenvolvimento, Lúcifer desviou o olhar de Cristo e começou a olhar para si próprio deixando de ver de Quem recebia os dons que faziam dele aquilo que era.

Ao desviar os olhos da luz que o alimentava constantemente, perdeu de vista a fonte do seu poder e afundou-se no mar da apostasia, cujo resultado foi a revolta contra o governo de Deus.

Agora com a sua própria mente ganhou uma visão do governo de Deus onde cada um conquistava o seu lugar pelo melhor desempenho pessoal e esperou que Deus olhasse para ele do mesmo modo, por isso esperou ser promovido.

Tendo perdido a mente de Cristo cobiçou o lugar que só Cristo podia ocupar. Declarou que só obedeceria ao Pai e ao rejeitar Cristo recusou o único meio dado por Deus pelo qual os seres criados podiam chegar a Ele.

Esperou para ver se Deus lhe concedia aquilo que agora via ser seu por direito e como o tempo passava e a sua expectativa não se realizava decidiu tomar pela força o que, no seu modo de pensar, era legitimamente seu.

Iniciou activamente uma campanha entre os anjos para lhes tirar a mente de Cristo e colocar o seu modo de pensar no seu lugar e foi bem-sucedido com um terço da hoste celestial em que todos viam agora que o governo de Deus precisava de ser reformado.

Isto culminou com a sua expulsão do Céu, pelo que procurou fazer com o homem aquilo que fez com os anjos e também foi bem-sucedido, mergulhando o mundo num mar de dor e sofrimento indescritível, e em tudo isto acusa Deus de ser o autor do sofrimento e dor e extinção da raça humana.

Contudo, apesar dos que seguiram Lúcifer, agora Satanás, terem abandonado Deus, Ele, no Seu infinito amor não os abandonou e nos “eterno propósito em Cristo Jesus” decidiu dar mais uma oportunidade ao homem, e Cristo não tendo por usurpação ser igual a Deus fez-Se homem para lhes mostrar o caminho de regresso ao Pai.

O Pai prometeu que receberia todos aqueles que se arrependessem e recebessem de volta a mente de Cristo e os receberia como se nunca tivessem pecado.

Por isso, todos temos de fazer os maiores esforços para adquirir a mente de Cristo substituída no Jardim do Éden pela mente de Satanás que é rebelião contra Deus e Seu governo, com a certeza de que pela fé podemos receber livremente e sem preço a mente d’Aquele por Quem unicamente temos acesso ao Pai.

“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Filipenses 2:1, 2 (NVI).”  Jesus Meu Modelo, 313.

É nas situações difíceis que revelamos o estado do processo de desenvolvimento da nossa ligação com Deus, e as dificuldades servem para nos testar. São provas que nos mostram o que ainda falta percorrer até chegarmos a ser perfeitos “como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.

“Deus leva os homens a situações difíceis, para ver se confiam num poder fora e acima deles. Ele não vê como vê o homem. Muitas vezes tem de romper ligações humanas e mudar a ordem que o homem delineou, e que segundo seu modo de pensar é perfeita. O que o homem julga ser de seu interesse temporal pode divergir completamente da experiência que ele precisa ter, para ser seguidor de Cristo. Sua idéia acerca de seu valor pode estar muito longe da verdade.” Nos Lugares Celestiais, 266.

“Na opinião dos rabinos, o mais alto grau da religião mostrava-se por contínua e ruidosa atividade. Dependiam de alguma prática exterior para mostrar sua superior piedade. Separavam assim sua alma de Deus, apoiando-se em presunção. O mesmo perigo existe ainda hoje. À medida que aumenta a atividade, e os homens são bem-sucedidos em realizar alguma obra para Deus, há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Unicamente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo, demonstrar-se-á afinal haver sido eficaz.

“Nenhuma outra vida já foi tão assoberbada de trabalho e responsabilidade como a de Jesus; todavia, quantas vezes estava Ele em oração! Quão constante, Sua comunhão com o Pai! Repetidamente, na história de Sua vida terrestre, se encontram registros como esses: ‘E, levantando-Se de manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.’ ‘Ajuntava-se muita gente para O ouvir, e para ser por Ele curada das suas enfermidades. Porém Ele retirava-Se para os desertos, e ali orava.’ ‘E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus’. Marcos 1:35; Lucas 5:15, 16; Lucas 6:12.

“Numa vida toda dedicada ao bem dos outros, o Salvador achou necessário afastar-Se dos lugares movimentados e da multidão que O acompanhava, dia a dia. Precisava retirar-Se de uma vida de incessante atividade e contato com as necessidades humanas, para buscar sossego e ininterrupta comunhão com o Pai. Como uma pessoa identificada conosco, participante de nossas necessidades e fraquezas, dependia inteiramente de Deus, e no lugar oculto de oração buscava força divina, a fim de poder sair fortalecido para o dever e provação. Num mundo de pecado, Jesus suportou lutas e torturas de alma. Em comunhão com Deus, podia aliviar as dores que O esmagavam. Ali encontrava conforto e alegria.

“Em Cristo, o grito da raça humana chegava até ao Pai de infinita piedade. Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse estabelecer ligação entre a humanidade e a divindade. Mediante contínua comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo. Sua experiência deve ser a nossa ‘Vinde vós aqui à parte’, convida-nos Ele. Marcos 6:31. Déssemos nós ouvidos às Suas palavras, e seríamos mais fortes e mais úteis.’ Os discípulos buscaram a Jesus e Lhe contaram tudo; e Ele os animou e instruiu. Se dedicássemos hoje tempo a ir ter com Jesus e contar-Lhe nossas necessidades, não seríamos decepcionados; Ele estaria à nossa mão direita para nos ajudar. Precisamos de mais simplicidade, mais confiança em nosso Salvador. Aquele cujo nome é ‘Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz’; Aquele de quem se acha escrito: ‘O principado está sobre os Seus ombros’, é o Maravilhoso Conselheiro. Somos convidados a pedir-Lhe sabedoria. Ele ‘a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto’. Isaías 9:6; Tiago 1:5.

“Em todos quantos se acham sob a direção de Deus, deve-se ver uma vida que não se harmonize com o mundo, seus costumes ou práticas; e todos têm de ter experiência pessoal na obtenção do conhecimento da vontade divina. Precisamos ouvir individualmente Sua voz a nos falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: ‘Aquietai-vos, e sabei que Eu Sou Deus’. Salmos 46:10. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus. Por entre a turba apressada e a tensão das febris atividades da vida, a alma que assim se refrigera será circundada por uma atmosfera de luz e paz. A vida exalará fragrância, e há de revelar um divino poder que atinge o coração dos homens.” O Desejado de Todas as Nações, 362-363.

A série de estudos que se inicia com este capítulo é a transcrição de sete sessões gravadas em áudio da Conferência de Califórnia em 1969, cujo tema principal foi “O que É a Purificação do Santuário” e que durante estas sete sessões tratou o assunto “A Mente de Cristo”.

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Sobre jfernandes2016

Sábia é realmente a pessoa que, em cada encontro com outros onde os problemas estão presentes, cuidadosamente desvia os olhos das acções da outra pessoa e estuda as suas. Deve manter continuamente diante de si que no dia do julgamento, não vão ser as acções da outra pessoa pelas quais vai ter de prestar contas, mas das suas próprias reacções a essas acções.
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